Feeds RSS

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Redes Sociais para Crianças

Redes Sociais para crianças: diversão ou preocupação?


por Mariana Oliveira

A indústria de propaganda descobriu “tardiamente” que, quando se tem crianças em casa, estas são as principais influenciadoras nos processos de compras da família. As campanhas de brinquedos, por exemplo, eram direcionadas aos pais, e produtos de sucesso como Lego e Barbie foram pioneiros ao criar propagandas tendo como público-alvo quem realmente importava: as crianças.

No ambiente digital, a maioria das redes sociais online disponíveis atualmente possui foco adulto, exigindo que seus participantes possuam idade suficiente para que possam concordar com os termos de compromisso. Não tão tardiamente(?), existe uma grande expansão no mercado online específico para crianças, que atrai investidores de peso e também incentiva diversas startups. E este mercado oferece espaço para jogos em rede, browsers, redes sociais, aplicativos... tudo isso com a supervisão atenta dos pais:

Kidzui: navegador para crianças de 3 a 12 anos, com uma interface divertida, colorida e repleta de botões grandes. Apesar de ser em inglês, o Kidzui é intuitivo e disponibiliza mais de um milhão de sites, vídeos e fotos, analisados por uma equipe de 200 pais e professores que “filtram” a internet e tornam segura a navegação. O browser é gratuito e patrocinado pela Mattel, mas existe uma versão paga para os pais que desejarem relatórios detalhados da visitação de seus pimpolhos.

TotLol: uma versão infantil do Youtube, que reúne vídeos para crianças de até 6 anos. Apesar de ser um projeto recente, o site já conta com diversas animações e vídeos didáticos, escolhidos pelos próprios pais que frequentam a comunidade online.

Nicktropolis: cidade virtual da Nickelodeon que oferece várias opções de diversão multimídia para os seus “habitantes”, como jogos, pets, vídeos exclusivos da Nick e interação com outras crianças.

FaceChipz: aqui, as crianças têm acesso a diversos recursos, como compartilhamento de fotos, atualizações de status, emoticons, chats, widgets e jogos. Mas o FaceChipz possui o modelo mais inovador até então, pois a rede social para crianças e pré-adolescentes parte de um relacionamento no mundo real. Explicando: os pais cadastram a criança e compram fichas colecionáveis que vêm com um chip que traz um "código de amizade". A criança distribui essas fichas entre seus amigos, que inserem o código ao aceitar o pedido de amizade na rede. Assim, criam-se relacionamentos "seletivos", com base nos existentes offline. O site é recente (novembro de 2009), mas tem grandes chances de cair no gosto da garotada, pois as fichas são coloridas, personalizadas, e se parecem com tazos (alguém mais lembrou disso?).

Club Penguin: a gigante comunidade virtual, criada em 2005 e comprada pela Disney em 2007 por pelo menos 350 milhões de dólares, merece destaque nesta lista. Com mais de 12 milhões de membros, aqui cada criança vira um pingüim, no melhor estilo MMORPG, e pode personalizar seu avatar, explorar o mundo virtual com outros pinguins e se divertir com jogos. Todo controlado por moderadores, o Club Penguin é gratuito, mas conta com um lucrativo sistema de assinaturas que permite acesso VIP a alguns lugares, compra de acessórios, entre outros.

"Lugar de criança é na rua"...?
Redes sociais focadas em crianças suscitam a discussão: será que isso faz bem para o desenvolvimento e sociabilidade das crianças? Pesquisa da National Literacy Trust indica que crianças que utilizam redes sociais e escrevem em blogs são mais confiantes nas suas habilidades, e interagem melhor. Assim como qualquer outra forma de jogos, brinquedos e quebra-cabeças - individuais ou em grupo-, o uso da Internet pode estimular diversas potencialidades, como a inteligência cognitiva, mas as atividades físicas são fundamentais para o desenvolvimento motor da criança. O que se percebe é que existe um "medo das tecnologias" em relação às crianças, como se fossem ficar reclusas e depressivas por causa delas. Entretanto, como diz Sílvio Meira nesta matéria para a Super Interessante, lugar de criança é na Internet! Com tantas alternativas divertidas e seguras, cabe aos pais dar limites que possam equilibrar de maneira saudável todas as brincadeiras.


Fonte: Dossiê Alex Primo

0 comentários:

Postar um comentário

Related Posts with Thumbnails