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segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Sobre os Níveis da Escrita

GARATUJA
traçado de linhas que crianças a partir de um ano fazem, em todos os sentidos, sem levantar o lápis, como se fosse o prolongamento de sua mão.


Nível pré-silábico
observaram a presença de produções gráficas em que não existe correspondência entre a grafia e o som. A criança nessa fase não demonstra preocupação em diferenciar critérios para suas produções, que se constróem a partir de traços idênticos, garatujas ou grafismos primitivos. Não se percebe tampouco controle da quantidade de letras utilizadas para representar o que se quer escrever. Portanto, a criança não se utiliza de uma palavra escrita para simbolizar graficamente um objeto.Também é nessa fase que se observam as ocorrências do realismo nominal, quando conforme Carraher (1986) e Rego (1990), por exemplo, a criança usa muitas letras para simbolizar objetos grandes e poucas para pequenos, demonstrando assim sua hipótese na qual a representação gráfica de um objeto está diretamente relacionada a um de seus atributos.


Nível silábico
se delimita quando a criança percebe que é possível representar graficamente a linguagem oral. Ela faz então várias tentativas para estabelecer uma relação entre a produção oral e a produção gráfica, entre o som e a grafia. E começa, com essas tentativas, a relacionar o que escreve com as sílabas das palavras faladas que deseja representar. Entretanto, com seu conhecimento prévio sobre o material escrito, utiliza-se de letras que podem não representar os respectivos sons. Ela percebe nessa fase que pode escrever tudo o que deseja, mesmo que aquilo que expressa graficamente não possa ser decifrado por outras pessoas. Também nessa fase, pode aceitar relutante o fato de escrever palavras menores com poucas letras ou ainda pode se usar, ao escrever uma frase, uma letra somente para uma palavra inteira.


Nível silábico alfabético
Nesse nível a criança começa também a experienciar um conflito, já que é capaz agora de perceber que existe uma representação gráfica correspondente a cada som (percebe a relação entre grafema e fonema). Ela vai reformulando sua hipótese anterior, silábica, que lhe parece insuficiente, e vai alternando sua produção entre essa e a alfabética propriamente dita.


Nível alfabético
Aqui a criança se estabelece mais firmemente sobre sua percepção da relação entre a grafia e o som. Ela já consegue aceitar que a sílaba é composta de letras que devem ser representadas distintamente, e se torna capaz de perceber outras características da comunicação gráfica, tais como as diferenças entre letras, sílabas, palavras e frases, ainda que ela falhe nessas representações.
Vale a pena ressaltar que, em seus estudos, Ferreiro e Teberosky (1985) encontraram crianças que mostram uma seqüência de três níveis evolutivos; em outras, uma seqüência apenas de dois níveis ¾ por exemplo, do pré-silábico ao silábico, ou do pré-silábico ao silábico alfabético, saltando um nível; ou ainda, em menor número, crianças que passam diretamente do nível pré-silábico ao alfabético.






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